domingo, 25 de setembro de 2011

NOSSA SENHORA


O Cruzeiro : Marco do local do encontro da imagem
O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora Aparecida de suas águas. Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá, eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco.
Imagem Original de Chico SanteiroDurante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros.Como o número de fiéis fosse cada vez maior, teve início em 1834 a construção da chamada Basílica Velha. O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial.
Foto do rio onde foi encontrada a imagem A necessidade de um local maior para os romeiros era inevitável e em 1955 teve início a construção da Basílica Nova, que em tamanho só perde para a de São Pedro, no Vaticano. O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura, capaz de abrigar 45 mil pessoas. Os 272 mil metros quadrados de estacionamento comportam 4 mil ônibus e 6 mil carros. Tudo isso para atender cerca de 7 milhões de romeiros por ano.

Imagem de Nossa Senhora

PRIMEIROS MILAGRES







Imagem Original de Chico SanteiroMILAGRE DAS VELAS

Estando a noite serena, repentinamente as duas velas que iluminavam a Santa se apagaram. Houve espanto entre os devotos, e Silvana da Rocha, querendo acendê-las novamente, nem tentou, pois elas acenderam por si mesmas. Este foi o primeiro milagre de Nossa Senhora.





Imagem Original de Chico SanteiroCAEM AS CORRENTES
Em meados de 1850, um escravo chamado Zacarias, preso por grossas correntes, ao passar pelo Santuário, pede ao feitor permissão para rezar à Nossa Senhora Aparecida. Recebendo autorização, o escravo se ajoelha e reza contrito. As correntes, milagrosamente, soltam-se de seus pulsos deixando Zacarias livre.





Imagem Original de Chico SanteiroO CAVALEIRO SEM FÉ
Um cavaleiro de Cuiabá, passando por Aparecida, ao se dirigir para Minas Gerais, viu a fé dos romeiros e começou a zombar, dizendo, que aquela fé era uma bobagem. Quis provar o que dizia, entrando a cavalo na igreja. Não conseguiu. A pata de seu cavalo se prendeu na pedra da escadaria da igreja ( Basílica Velha ), e o cavaleiro arrependido, entrou na igreja como devoto.





Imagem Original de Chico SanteiroA MENINA CEGA
Mãe e filha caminhavam às margens do rio Paraíba, quando surpreendentemente a filha cega de nascença comenta surpresa com a mãe : "Mãe como é linda esta igreja" (Basílica Velha).






Imagem Original de Chico SanteiroMENINO NO RIO
O Pai e o filho foram pescar, durante a pescaria a correnteza estava muito forte e por um descuido o menino caiu no rio e não sabia nadar, a correnteza o arrastava cada vez mais rápido e o pai desesperado pede a Nossa Senhora Aparecida para salvar o menino. De
repente o corpo do menino para de ser arrastado, enquanto a forte correnteza continua e o pai salva o menino.





Imagem Original de Chico SanteiroO CAÇADOR
Um caçador estava voltado de sua caçada já sem munição, derepente ele se deparou com uma enorme onça. Ele se viu encurralado e a onça estava prestes a atacar, então o caçador pede desesperado a Nossa Senhora Aparecida por sua vida, a onça vira e vai embora

DOM BRUNO

Dom Bruno Gamberini (Matão, 16 de julho de 1950São Paulo, 28 de agosto de 2011) foi um arcebispo católico brasileiro, o quarto bispo de Bragança Paulista e sexto bispo e quarto arcebispo de Campinas.

Estudos

Foi o terceiro dos cinco filhos do casal de Armando Gamberini e de Tirsi Castellani. Realizou seus primeiros estudos na sua terra nata, no Grupo Escolar José Inocêncio da Costa e na Escola Estadual Professor Henrique Morato. O segundo grau e a Filosofia foram cursados no Seminário Diocesano de São Carlos. Cursou a Teologia no Studium Theologicum, filiado à Pontifícia Universidade Lateranense, em Curitiba, onde residiu no Seminário Rainha dos Apóstolos. Estudou canto coral e regência na Pró-Música, de Curitiba (1971-1974).

Diaconato

Foi ordenado diácono pelas mãos de S. Exa. Revma. Dom Constantino Amstalden, Bispo de São Carlos, em 2 de dezembro de 1974, na Catedral de São Carlos.

Presbiterado

Atividades antes do Episcopado

De 1974 a 1995, foi Coordenador de Estudos e professor de Filosofia, no Seminário de São Carlos, onde, de 1991 a 1995, foi também reitor. De 1978 a 1989 foi Coordenador Diocesano de Pastoral. Foi pároco de Ribeirão Bonito (1979-1981), primeiro juiz auditor da Câmara do Tribunal Eclesiástico de São Carlos (1980-1984), e, depois, Notário do Tribunal, até 1995. Foi reitor do Seminário de Teologia de São Carlos, em Campinas (1982-1986); pároco de Itajobi e Marapoama (1987-1989), Vigário Cooperador da Catedral de São Carlos Borromeu (1983-1985), também exercendo o ministério nas igrejas de São Judas e São Benedito. Em 19 de março de 1983, foi nomeado Cônego Honorário do Cabido da Catedral de São Carlos. Em 17 de maio de 1995, foi criado Monsenhor Prelado de Honra, pelo Papa João Paulo II.

Episcopado

A 17 de maio de 1995, foi escolhido quarto Bispo Diocesano de Diocese de Bragança Paulista. A 16 de julho de 1995, foi sagrado bispo, na Catedral de São Carlos, tendo por sagrante principal Dom Constantino Amstalden, bispo diocesano de São Carlos, e como consagrantes: Dom Antônio Pedro Misiara, bispo diocesano de Bragança Paulista, e Dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, então bispo auxiliar de São Salvador da Bahia.

Atividades no Episcopado

A 20 de agosto de 1995, tomou posse da Diocese de Bragança Paulista, onde desenvolveu um profícuo pastoreio, reorganizando a cúria, implantando novas disciplinas, criando paróquias e, sobretudo, evangelizando. A 2 de junho de 2004, foi escolhido como novo Arcebispo Metropolitano de Campinas, tendo continuado como Administrador Apostólico da diocese de Bragança Paulista até 30 de junho de 2004. A 1 de agosto de 2004, tomou posse como Arcebispo Metropolitano de Campinas, na Igreja do Liceu Nossa Senhora Auxiliadora, por estar a magnífica igreja catedral em restauração. Em Campinas, vem, igualmente, desenvolvendo com muito zelo seu pastoreio, sendo também o Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Brasão e Lema

Tendo sido ordenado bispo, Dom Bruno Gamberini adotou o brasão descrito a seguir, o qual usou até sua transferência para a Arquidiocese de Campinas.
  • Descrição: escudo eclesiástico esquartelado, com todos os campos de argente. No 1º, uma lua heráldica contornada de sable e plena do campo. No 2º, um sol heráldico, de argente com seus dezesseis raios de goles. No 3º, um pinheiro com copa de sinopla e com tronco de sable, arrancado do mesmo. No 4º, uma árvore, também, com copa de sinopla e com tronco de sable, arrancado do mesmo. Brocante sobre o esquartelado, uma torre de goles, aberta e iluminada do campo, assente sobre uma rocha de sable e rematada por uma estrela de quatro pontas de blau. Comble (chefe diminuto) de blau carregado de três flores-de-lis de jalde. O escudo está assente na cruz processional trevolada de jalde. Timbre: o chapéu eclesiástico forrado de goles, com seus cordões e seis borlas de cada lado, postas: 1, 2 e 3, tudo de sinopla. Listel de argente com o lema NOMEN DOMINI BENEDICTVM, em letras de sable.
  • Interpretação: O escudo esquartelado simboliza o mundo com seus quatro quadrantes e, sendo de argente (prata), representa pureza, castidade e inocência. No 1º e no 2º campos, a lua e o sol simbolizam a missão pastoral, que obriga o bispo a pregar o Evangelho, incansavelmente, seja de dia, seja de noite. No 3º, o pinheiro representa as cidades de Curitiba e de São Carlos do Pinhal, que acolheram o bispo, primeiro em seus estudo de Teologia e depois em seu ministério sacerdotal; sendo que a copa de sinopla (verde) representa: esperança, liberdade, abundância, cortesia e amizade e o tronco e as raízes de sable (negro) simbolizam: a sabedoria, a ciência, a honestidade, a firmeza e a obediência ao Sucessor de Pedro. No 4º, a árvore representa a cidade natal do bispo, Matão, com o significado dos esmaltes acima descritos. A torre representa a Nova Sião, a Igreja, instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo para a salvação de todos os homens, motivo pelo qual está aberta e iluminada, o que indica a sua catolicidade; sendo de goles (vermelho) representa valor, intrepidez e o fogo da caridade que o Divino Espírito Santo faz arder no coração do bispo, sendo que quem tem esse esmalte em suas armas, obriga-se a defender e socorrer os oprimidos. A rocha de sable (negro) representa Nosso Senhor Jesus Cristo, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, sobre quem a Igreja se sustenta e que nos salvou por sua encarnação, morte e ressurreição; sendo de sable tem o significado já descrito deste esmalte. A estrela que remata a torre representa o Evangelho, luz que desce do amor misericordioso de Deus Pai, brilhando sobre todo o mundo; e, sendo de blau (azul), simboliza justiça, serenidade, lealdade e nobreza. O comble (chefe diminuto) representa Deus Pai, que está no céu e que ama e provê todas as suas criaturas; e por seu esmalte, blau (azul), tem o significado já descrito acima; sendo que as três flores-de-lis representam os santos que estão no amor de Deus, mais especificamente: à destra está representado São Paulo, o apóstolo patrono do Estado; à sinistra, São Carlos Borromeu, o santo cardeal patrono da diocese de origem do bispo; e, no centro está representada a Santíssima Virgem, especificamente sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, a quem o bispo devota grande devoção e amor filial; sendo de jalde (ouro), as flores-de-lis simbolizam: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio
A cor do chapéu episcopal (verde) significa: esperança, cortesia, honra e amizade. O seu lema: "NOMEN DOMINI BENEDICTVM" (Bendito seja o Nome do Senhor), retirado do Livro dos Salmos (Sl. 112, 2), e usado no início da Bênção Pontifical traduz o projeto de vida do bispo, que é empenhar-se para que do nascer ao por do sol seja louvado o Nome do Senhor, que tira o pobre do monturo e o coloca entre os príncipes do seu povo.
Arcebispado: tendo sido promovido a Arcebispo de Campinas, Dom Bruno Gamberini simplificou seu brasão, deixando-o, heraldicamente, mais adequado e elegante. O brasão passou a ser o seguinte:
  • Descrição: escudo eclesiástico de blau com três flores-de-lis de jalde, postas: 1 e 2. Foram-lhe acrescentados: mais quatro borlas verdes em cada cordão, o pálio e mais um traço na cruz. O lema: NOMEN DOMINI BENEDICTVM foi mantido.
  • Interpretação: O campo representa Deus Pai, que está no céu e ama e provê todas as suas criaturas, e, por seu esmalte blau (azul), simboliza justiça, serenidade, lealdade e nobreza, sendo que as três flores-de-lis representam os santos que estão no amor de Deus, mais especificamente: à destra está representado São Paulo, o apóstolo patrono do Estado; à sinistra, São Carlos Borromeu, o santo cardeal patrono da diocese de origem do Bispo; e, no centro está representada a Santíssima Virgem Maria, especificamente sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, a quem o bispo devota grande devoção e amor filial; sendo de jalde (ouro), as flores-de-lis simbolizam: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio
O seu lema foi mantido: "NOMEN DOMINI BENEDICTVM" (Bendito seja o Nome do Senhor), retirado do Livro dos Salmos (Sl. 112, 2), e usado no início da Bênção Pontifical; traduzindo o projeto de vida do bispo, que é empenhar-se para que do nascer ao por do sol seja louvado o Nome do Senhor, que tira o pobre do monturo e o coloca entre os príncipes do seu povo.

Sucessão

Na Diocese de Bragança Paulista, Dom Bruno Gamberini foi o quarto bispo, sucedendo a Dom Antônio Pedro Misiara. Na Arquidiocese de Campinas, Dom Bruno foi o sexto bispo, o quarto arcebispo, sucedendo a Dom Gilberto Pereira Lopes.

Morte

Morreu em 28 de agosto de 2011 em decorrência de falência de múltiplos órgãos.

sábado, 13 de agosto de 2011



História do dia dos pais

Dizem que o primeiro a comemorar o Dia dos Pais foi um jovem chamado Elmesu, na Babilônia, há mais de 4.000 anos. Ele teria esculpido em argila um cartão para seu pai. Mas a instituição de uma data para comemorar esse dia todos os anos é bem mais recente...

 Em 1909, a norte-americana Sonora Louise Smart Dodd queria um dia especial para homenagear o pai, William Smart, um veterano da guerra civil que ficou viúvo quando sua esposa teve o sexto bebê e que criou os seis filhos sozinho em uma fazenda no Estado de Washington.

Foi olhando para trás, depois de adulta, que Dodd percebeu a força e generosidade do pai.
O primeiro Dia dos Pais foi comemorado em 19 de junho de 1910, em Spokane, Washington. A rosa foi escolhida como a flor oficial do evento. Os pais vivos deviam ser homenageados com rosas vermelhas e os falecidos com flores brancas. Pouco tempo depois, a comemoração já havia se espalhado por outras cidades americanas. Em 1972, Richard Nixon proclamou oficialmente o terceiro domingo de junho como Dia dos Pais.

O pai brasileiro ganhou um dia especial a partir de 1953. A iniciativa partiu do jornal O Globo do Rio de Janeiro, que se propôs a incentivar a celebração em família, baseado nos sentimentos e costumes cristãos. Primeiro, foi instituído o dia 16 de agosto, dia de São Joaquim. Mas, como o domingo era mais propício para as reuniões de família, a data foi transferida para o segundo domingo de agosto.
Em São Paulo, a data foi formalmente comemorada pela primeira vez em 1955, pelo grupo Emissoras Unidas, que reunia Folha de S. Paulo, TV Record, Rádio Pan-americana e a extinta Rádio São Paulo. O grupo organizou um grande show no antigo auditório da TV Record para marcar a data. Lá, foram premiados Natanael Domingos, o pai mais novo, de 16 anos; Silvio Ferrari, de 96 anos, como o pai mais velho; e Inácio da Silva Costa, de 67 anos, como o campeão em número de filhos, um total de 31. As gravadoras lançaram quatro discos em homenagem aos pais. O maior sucesso foi o baião É Sempre Papai, com letra de Miguel Gustavo, interpretada por Jorge Veiga. O Dia dos Pais acabou contagiando todo o território brasileiro e até hoje é comemorado no segundo domingo de agosto.
Muitos países têm datas especiais para homenagear os pais. A Inglaterra e a Argentina também comemoram a data no terceiro domingo de junho. Na Itália e em Portugal, a homenagem acontece no Dia de São José, 19 de março. Na Austrália, é no segundo domingo de setembro. E na Rússia, no dia 23 de fevereiro. 


Repouso pós-parto
Em algumas tribos indígenas brasileiras, é costume o pai manter resguardo no lugar da mãe que deu à luz. São quase dois meses de descanso, com alimentação leve e abstenção de sexo. Também para ele são destinados os presentes dados pelos membros da família. Costume machista? Nada disso. É que, para essas sociedades, o pai é o responsável pela existência do filho. O bebê só cresce e se fortalece no útero materno por causa das constantes "visitas" do futuro pai à sua mulher. Esse grande esforço de nove meses de relações sexuais constantes exige repouso, para renovar as energias físicas.


Responsabilidades religiosas
Na cultura judaica tradicional, o pai é responsável pela educação religiosa dos filhos. O destaque fica para a educação do menino, que, a partir dos 7 anos, começa a aprender os rituais religiosos. Com 13 anos, o pai o leva à sinagoga, onde, depois da cerimônia conhecida como Bar-Mitzva, o garoto se torna membro efetivo e participante da comunidade. Nas famílias judaicas, exemplos de patriarcalismo, os pais recebem todo o respeito e obediência dos filhos.

Tradição oral
Entre os ciganos, a figura paterna tem papel de destaque. Cabe ao pai a decisão final sobre qualquer atitude dos filhos e é ele quem supervisiona a educação que a mãe dá às crianças. É também o pai quem se encarrega de ensinar aos meninos as técnicas de comércio, forma milenar de sobrevivência do povo cigano. Numa cultura que valoriza a tradição oral, o pai tem o dever de passar para sua descendência os conhecimentos adquiridos nas gerações passadas, como tocar instrumentos musicais (acordeão, violão e violino), fazer artesanato de cobre e falar a língua de seu povo, o romanês. Também é ele quem decide sobre o casamento dos filhos. Namoro? Nem pensar. Os pais da noiva e do noivo se reúnem e definem o dote, pago pela família do futuro marido. O poder do pai sobre os filhos só acaba em caso de casamento desfeito. Nessa situação, o pai não pode mais ver os filhos pelos próximos dez anos. O fim do casamento representa o fim da paternidade.

Semana da família
A semana que se inicia com o Dia dos Pais é a escolhida como Semana Nacional da Família, que quer ajudar a reforçar os laços familiares de nosso povo, proporcionando, assim, que as células saudáveis do tecido social ajudem o nosso corpo a viver melhor.
O recente Documento de Aparecida consta que “família é um dos tesouros mais importantes dos povos latino-americanos e é patrimônio da humanidade inteira. Em nossos países, uma parte importante da população está afetada por difíceis condições de vida que ameaçam diretamente a instituição familiar. Em nossa condição de discípulos e missionários de Jesus Cristo, somos chamados a trabalhar para que esta situação seja transformada e que a família assuma seu ser e sua missão no âmbito da sociedade e da Igreja”. (DAp 451)
A Constituição Apostólica sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Ecumênico Vaticano II, “Gaudim et Spes” (Alegria e esperança), afirma que o bem-estar da pessoa e da sociedade humana está intimamente ligado com uma favorável situação da comunidade conjugal e familiar, porém, alerta aos cristãos sobre questões que a afligem e lhe tiram o brilho desta comunidade de amor: “Porém, a dignidade desta instituição não resplandece em toda parte com igual brilho. Encontra-se obscurecida pela poligamia, pela epidemia do divórcio, pelo chamado amor-livre e outras deformações. Além disso, o amor conjugal é muitas vezes profanado pelo egoísmo, amor ao prazer e por práticas Ilícitas contra a geração.”
 Em brevíssimas palavras, aqui está toda a problemática da família no mundo de hoje, situação que no momento está mais agravada por distorções geradas por modelos de família que não se abrem para a vida, situação esta infelizmente legalizada em alguns países.
Bem, entretanto, se fizermos uma nova leitura do livro do Gênesis, vemos com muita clareza que o Criador, no momento que deu gênese ao ser humano, homem e mulher, os fazendo à sua imagem e semelhança, instituiu, também, a família, que reflete a mesma semelhança da família trinitária, pois Deus não é solitário, mas uma família; Pai (Criador), Filho (Redentor), Espírito Santo (Deus amor): “Deus criou o homem à sua imagem, criou-os à imagem de Deus; ele os criou homem e mulher”I (Gn 1, 27). Abençoando os novos seres que criou Deus, disse-lhes: “Crescei e multiplicai-vos, enchei a terra e dominai a terra”(Gn, 1,28). Em outra narrativa da criação, aliás, a primeira do livro das origens, o Gênesis, o Criador, uma vez criado o homem à sua imagem e semelhança disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer-lhe uma companheira que lhe corresponda.” (Gn 2, 18). E, criada a mulher, que tem a mesma dignidade do homem, Adão, o pai dos viventes, admirado, exclamou: “Desta vez sim, é osso dos meus ossos e carne de minha carne”! “Ela será chamada ´humana´, porque do homem foi tirada.” “Por isso deixará o homem o pai e a mãe e se unirá a sua mulher, e eles serão uma só carne.”(Gn, 2, 23).
Pois bem, em sendo a família humana uma instituição de origem divina, com semelhança da família trinitária, ela somente readquirirá a dignidade perdida quando voltar a ser o reflexo da família trinitária, na qual Deus não só é Pai, mas paternidade, Jesus Cristo não é apenas filho, mas filiação e o Espírito Santo, não é somente união, mas unidade.
A família, então hoje, para cumprir sua missão de promotora do bem-estar do ser humano terá que cada vez mais ser poço de paternidade, berço da filiação e comunidade de amor.
É bom relembrar o compromisso solene do casamento cristão, que sempre é proclamado pelos noivos perante a comunidade eclesial: “Recebo-te por minha (por meu) esposa (esposo) e te prometo ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te todos os dias de minha vida.”
Vê-se, pois, que o vínculo matrimonial que nasce do amor recíproco se exprime por esse juramento conjugal, que começa e se realiza diante da infinita majestade de Deus por aquele mesmo amor com que o Pai nos amou no seu Filho, Jesus Cristo, e nos santifica pelo Espírito desse Amor, que é o Espírito Santo.
“Os esposos participam da função redentora de Cristo ao assumirem integralmente, por vocação divina, a finalidade para a qual o matrimonio foi instituído. Cada união nasce pelo pacto entre um casal, mas com um conteúdo divinamente estabelecido, a unidade e a indissolubilidade, ordenado à procriação da prole.” (Alocução de João Paulo II, aos fieis da Arquidiocese de Campo Grande, quando de sua visita ao Brasil).
Sejam oportunas pequenas reflexões sobre a família, remetendo o leitor cristão para duas passagens lindíssimas da Sagrada Escritura: A primeira do Livro de Tobias, quando este, após ter aceitado Sara como sua esposa, rezou a Deus e terminou sua oração desta forma: “Agora, não é por luxúria que me caso com essa minha irmã, mas com reta intenção. Tem misericórdia de mim e dela, e que possamos chegar, ambos, a uma ditosa velhice.” (Tobias. 8,7). A segunda vem do Livro de Rute, mulher maobita, Nora de Noemi, de cuja descendência nasceu David, o grande rei de Israel: “Booz casou-se com Rute, tornando-a sua esposa. Eles se uniram e, com a graça do Senhor, ela ficou grávida e deu à luz um filho. As mulheres disseram a Noemi: “Bendito seja o Senhor, que hoje não te deixou sem redentor e preservou o nome de tua família em Israel. Que ele venha restaurar a tua vida, sustentar-te na velhice, pois nasceu de tua nora, que te ama e para ti está sendo melhor que sete filhos.” (Rute, 4, 14 e 14).
Nesse contexto, celebramos, em toda a Igreja no Brasil, a Semana Nacional da Família, entre os dias 9 e 15 de agosto de 2009. A Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB e a Comissão Nacional da Pastoral Familiar lançaram o tema deste ano que é: “Família, Igreja Doméstica, Caminho para o Discipulado”, em articulação e comunhão com a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-catequética num compromisso conjunto com o Ano Catequético. Os subtemas publicados no subsídio “hora da família” nos ajudam a aprofundar esse importante assunto e, principalmente, nos motiva a viver ainda mais como famílias cristãs.
Celebrando em nossas comunidades e redes de comunidade a Semana Nacional da Família, a Igreja no Brasil quer, uma vez mais, salientar a importância da família, que, talvez mais que outras instituições, tem sido posta em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura. Por isso, é fundamental um olhar atento, dirigido com carinho, afeto e atenção à família, patrimônio da humanidade e tesouro dos povos.
O Episcopado Brasileiro lançou, em abril passado, o “Manifesto em favor da Família”, onde reafirmam que “Deus criou o ser humano à sua imagem e semelhança, homem e mulher ele os criou (cf. Gn 1,27), destinando-os à plena realização na comunhão de vida, de amor e de trabalho. Por essa razão, o matrimônio e a família constituem um bem para os esposos e a sociedade. O amor conjugal aberto à geração e educação dos filhos proporciona a experiência de paternidade e maternidade, através das quais os pais se tornam colaboradores do Criador”.
Assim, valorizando a família autêntica, de marido e mulher, com uma família bem estruturada, a Igreja no Brasil conclama a todos para que prossigam no objetivo pastoral de  Evangelizar pela Família e para a Vida, continuando com o empenho sócio-evangelizador pela promoção da vida, do matrimônio e da família, lembrando sempre do importante e insubstituível papel subsidiário da família cidadã para o bem da sociedade. Por isso conclamamos (a) todas as forças vivas para realçar que “os meios de comunicação, os poderes públicos, os profissionais de saúde, as universidades, o sistema educacional, as empresas, as instituições e os organismos não-governamentais e todas as igrejas sejam conclamados a promover os valores da família e agirem como seus amigos”, enfatizam os bispos brasileiros.
Por isso, ao saudar os pais pelo seu dia, como o fiz solenemente aos pés do Cristo Redentor, domingo passado, quero convidá-los para que junto de sua esposa e filhos sejam cada vez mais comprometidos com a valorização de sua família, e para não medirmos esforços em protegê-la e defendê-la das grandes pressões externas. Que a família brasileira seja respeitada como espaço privilegiado para a existência e a convivência humana! Que a Sagrada Família, Jesus, Maria e José, abençoe nossas famílias!
                                    Dom Orani João Tempesta,
                      Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro

sábado, 6 de agosto de 2011

História de São Tarcisio

“Ó meu Jesus, ninguém Vos tirará do meu coração! (São Tarcísio)”.

O testemunho corajoso do jovem mártir Tarcísio foi, e continua sendo, para nós, como que uma profissão de fé em Jesus sacramentado.
O início do ano de 245 foi marcado por um acontecimento providencial para a bela Roma: o nascimento de Tarcísio, um dos mais ilustres filhos da cidade eterna. Seus pais eram pagãos, porém cidadãos virtuosos e de grandes princípios morais. Quando Tarcisio estava com 7 anos seus pais faleceram, e o nosso pequeno órfão foi adotado por um casal vizinho, que o tratava com carinho e com muito conforto.
Tarcísio, por toda a sua curta vida, lembrava-se dos ensinamentos de sua mãezinha e de seus pais adotivos recebeu uma formação Cristã exemplar.
Uma criança alegre, cheia de vitalidade, uma amigo para todas as horas, de uma fidelidade fraterna que impressionava a todos; assim era o pequeno Tarcísio.
Durante as brincadeiras, sempre nutriu repugnância pelas que levavam ao pecado; tinha um coração puro e uma palavra de estímulo para com todos.
Roma era por aquele tempo palco de perseguição aos cristãos. Seus pais adotivos lhe disseram que os pagãos desprezavam Deus dos cristãos e adoravam falsos deuses ao que seus colegas afirmavam que os cristãos eram criminosos... Seus pais também relatavam que os cristãos eram levados aos anfiteatros para serem devorados pelas feras e no caminho iam cantarolando serenos e felizes ao encontro da verdadeira felicidade.
Tarcísio chegou à seguinte conclusão: “Somente Cristo é capaz de dar forças aos cristãos, com paciência o martírio, perguntou a sua mãe, E eu posso ser cristão? É claro que sim! que santo desejo meu filho”.Ó santo desejo, transformou sua vida; era como se a luz do céu tomasse conta de todo o seu ser. Tarcísio parecia um cordeirinho em busca de seu bom pastor. Desejava sempre mais conhecer as verdades da fé e os testemunhos heróicos dos mártires cristãos. Somente por Jesus desejava viver e dar à vida se fosse preciso.
O batismo, naquela época, era concedido geralmente aos adultos e depois de um longo período de preparação.
Quem desejasse o batismo, deveria primeiro ser apresentado ao bispo por um cristão fiel e que desse boas referências do aspirante. Depois de aprovado era admitido no catecumenato (período de conhecimento da doutrina cristã, assim como das exigências do ser cristão).
O santo desejo de tornar-se cristão, fez de Tarcísio um catecúmeno exemplar. Nosso jovem apresentou-se ao Papa para o grande escrutínio. O Santo Padre lhe perguntou: “Amas muito a Nosso Senhor?, respondeu ele, Sim, e não poderia viver sem amá-Lo. Foi Ele que me deu a vida e me chamou para o seio da Igreja”.Era sábado de aleluia, durante a Vigília da Ressurreição. Tarcisio professa sua fé e é batizado, um grande o numero de Cristãos que participaram da cerimônia celebrada na catacumba de São Calisto, pelo Papa. Todos ficaram encantados com o testemunho de fé do jovem Tarcísio, seus olhos eram com que fachos de luz. Em seguida foi crismado e assim sendo, estava pronto para o testemunho.

O Martírio


Quando os primeiros cristãos eram levados às arenas para serem entregues às feras, eram-lhes permitidas algumas visitas no dia anterior, ao que a Igreja encarregava alguns escolhidos a levar-lhes a Sagrada Eucaristia, alimento para a vida eterna. Tudo era realizado às escondidas.
Os prisioneiros aguardavam, com alegria, o pão dos céus, o Cristo vivo, e para tanto eram escolhidas pessoas que não levantavam suspeitas.
O jovem acólito Tarcísio, com apenas 12 anos, ofereceu-se para levar o Ssmo. aos presos, apesar da opinião contrária do bispo, Tarcísio tomou Jesus em seus braços e dignamente embrulhado em finos panos, colocou-o sobre o peito e partiu em direção às prisões.
O Bispo disse-lhe: “Lembra-te Tarcisio, este tesouro é confiado aos teus cuidados... Cuidarás fielmente dos Sagrados Dons de Deus?, respondeu Tarcísio, Morrerei antes que não cumpra meu dever!”.Pelo caminho, Tarcísio encontrou um grupo de rapazes que brincavam na rua e, ao vê-lo, o chamaram para brincar, pois faltava um elemento para o jogo, avistaram: “Aonde vais com tanta pressa? Vem jogar conosco! Só falta você!”. Tarcísio apressou o passo e seguindo em outra direção dizia ele: “Não posso agora. Tenho uma grande e importante tarefa a cumprir”. “Pois virás à força”, e todos caíram em cima de nosso jovem, que de forma nenhuma abria os braços. “Vos suplico, deixem-me continuar meu caminho”, disse Tarcísio. A curiosidade dos rapazes era grande, sobre o que ele guardava com tanta diligência, e cada vez mais forte batiam e espancavam o nosso santo coroinha.
O grupo aumentava, até que descobriram que ele era cristão e o chamavam de “burro cristão”; exigiam que entregasse o Sagrado Tesouro, ao que ele replicou: “Nunca, até que esteja vivo!”; foi cruelmente espancado, seu sangue corria, porém suas mãos não desgrudavam de Jesus eucarístico.
O soldado Quadrato, que também era cristão, espantou os rapazes e juntou Tarcisio que estava lavado em sangue: “O que fizeram contigo Tarcisio?”.
- Não pense em mim, eu estou com o meu Senhor nos braços, tome aos teus cuidados!.
O soldado, com os olhos cheios de lágrimas, tomou o jovem nos braços, seu aspecto era o de um anjo, seus olhos pareciam ver o céu aberto.
O jovem Tarcísio entrega sua santa alma a Deus e seu corpo martirizado é colocado na catacumba de São Calisto.
“Enquanto um criminoso grupo de fanáticos se atirava sobre Tarcísio, que levava a eucaristia, o jovem preferiu perder a vida antes de deixar aos raivosos o corpo de Cristo” (Papa Damaso).
Que o amor de Tarcísio pela eucaristia nos inspire e nos revigore a fé.

Amém!

Paz e bem!

Oração do coroinha

Ó Jesus Adolescente,
que vivias com o Pai celeste
em profunda e filial sintonia,
aceita nossa dedicação
a serviço da liturgia.
Nosso desejo é tratar com respeito,
sem preconceito,
as pessoas da comunidade,
que contam com teu auxílio
na difícil caminhada;
dá-nos um coração repleto de amor
aos pobres e simples deste mundo.
Alimenta-nos com a tua palavra
e com os teus ensinamentos,
pois queremos te ajudar, ó Jesus,
a transformar a sociedade,
e assim celebramos dignamente,
com sinais, ritos e movimentos,
a salvação que ofereces
hoje e sempre
em favor da humanidade.
Amém!